Planejamento Em Odontologia: Por onde começar o tratamento?
Quando um paciente nos procura para resolver algum problema pontual, geralmente não há dificuldade para elaborar o planejamento em odontologia. Entretanto, em alguns casos de pacientes com a saúde bucal severamente comprometida, podemos nos deparar com situações clínicas de grande complexidade, tanto no que se refere ao plano de tratamento quanto na execução dos procedimentos.
Desenvolver um planejamento em odontologia é conhecer todas as áreas e ter informações o suficiente para examinar e diagnosticar integralmente o paciente, estar preparado para dar qualquer tipo de explicação ou suporte. É fazer uma análise planejada e minuciosa para cada caso individualmente.
Diferentes opções de planejamentos devem ser oferecidas, expondo seus riscos e benefícios embasados em dados científicos, encontrando assim a opção mais adequada e que atenda as necessidades do paciente. Em caso de prognóstico duvidoso, com baixa previsibilidade, o paciente deve ser orientado com o máximo de informações possíveis pelo clínico para que este tome a decisão compartilhada com o profissional. Sempre fazendo prevalecer a opção escolhida pelo paciente.
Tomada de decisão baseada em evidências
Antes de qualquer plano de tratamento, é essencial que o cirurgião-dentista faça um diagnóstico completo do paciente. Sabendo que a ordem estipulada dos procedimentos poderá ser alterada conforme a tomada de decisão clínica baseada em evidências durante o tratamento, por exemplo:
Experiência e julgamento do profissional: É importante alertar o paciente de que os procedimentos mais conhecidos e mais divulgados pela mídia poderão ou não ser indicados para seu caso.
Circunstâncias clínicas individuais do paciente, avaliados na anamnese: Histórico Odontológico, Histórico Médico, Antecedentes familiares, genéticos, Hábitos nocivos (drogas, bebida, fumo) e higiene bucal. O plano proposto deverá respeitar as condições sistêmicas do paciente, o que está diretamente relacionado, então, com as contraindicações que ele possa ter.
Planejamento em odontologia: Sequência adotada para execução do tratamento
1º Consulta inicial: Através da anamnese;
2º Urgência: Eliminação de dores;
3º Periodontia (gengiva), Dentística (restaurações) e Endodontia (tratamento de canal): Controle de doenças bucais e preservação dos dentes e da saúde dos tecidos;
4º Cirurgia (extrações, Implantes), Ortodontia (aparelho dental) e Reabilitação Protética: Restauração ou substituição estética (porcelanas) e funcional (próteses).
É importante frisar que o planejamento reverso é fundamental para o sucesso do tratamento, ou seja, iniciamos sempre com o fim em mente. Devemos definir o resultado esperado para executarmos os passos necessários e chegarmos ao objetivo traçado.
Vantagens do planejamento em odontologia
Grande parte dos pacientes que chega ao consultório nunca recebeu um planejamento odontológico. Por isso, é importante passar por todas suas etapas. A falta de um planejamento em odontologia pode levar um tratamento ou projeto ao fracasso, tanto por desistência do paciente ou por dificuldades no momento da execução dos processos pelo profissional. Desenvolver um planejamento em odontologia facilita a rotina do profissional e de sua equipe. Por outro lado, a sua falta pode resultar em um tempo mal otimizado, exames incompletos, desgaste do clínico e do paciente.
Dra. Rosana Vargas
CRO/MT 2497
Mestre em Ciências da Saúde – UFMT
Especialista em Implantodontia
Especialista em Ortodontia
Aperfeiçoamento em Endodontia
Aperfeiçoamento em Prótese
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