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Orelhas em abano

6 de maio de 2019
Imagem Ilustrativa

 

Orelhas em abano são orelhas proeminentes constituídas por déficit anatômico caracterizado por deformidade da estrutura das orelhas como concha aberta ou alteração do ângulo da orelha em relação ao crânio e ausência ou enfraquecimento das curvas naturais da orelha. A deformidade afeta aproximadamente 5 % da população. Inúmeros trabalhos demonstram que   as crianças com orelhas proeminentes apresentam auto percepção mais pobre, ansiedade, maior introversão e mais problemas sociais.

Outros trabalhos relatam a eficácia da cirurgia para corrigir as orelhas proeminentes e minimizar a angústia psicossocial infantil. Os resultados demonstram que a correção das orelhas em abano permite a melhora do bem estar de 90% das crianças. Em testes aplicados aos pais, responsáveis, professores e às próprias crianças houve redução da ansiedade, depressão, agressividade e houve aumento de atenção. Apenas crianças já socialmente isoladas antes da cirurgia mostraram-se insatisfeitas com os resultados.

A idade ideal para a correção é em torno dos seis anos de idade quando o desenvolvimento auricular está completo, mas ainda não houve trauma psíquico. No entanto, a necessidade de anestesia geral para a realização do procedimento muitas vezes inibe os pais na busca de solução para o problema de sua criança.

Muitas vezes a realização do procedimento na infância é impossível. Sendo assim,  a criança deve ser monitorada a fim de se observar sua vivência escolar. Ao menor sinal de constrangimento devido a bulling ou brincadeiras de mau gosto a criança deve ser assegurada que existe tratamento para seu problema. O uso de exemplos de pessoas que já fizeram correções de outros aspectos físicos é útil para tranquilizar a criança: tia que aumentou as mamas, o tio que tirou uma pinta feia, o padrinho que arrumou o nariz, qualquer exemplo irá mostrar à criança que alterações na forma do corpo são normais e são passíveis de correção.

O procedimento cirúrgico em si é simples (para o especialista) e consiste em retirar o excesso de pele na parte posterior da orelha, abordar a cartilagem e confeccionar as dobras inexistentes bem como ressecar o excesso de cartilagem na concha. O curativo fica fechado dois dias e com 12 dias retiramos os pontos. Durante o primeiro mês o paciente usa uma toca ou faixa para dormir a fim de proteger as orelhas. O resultado deve aproximar-se de orelhas normais e ser difícil distinguir qual orelha é operada ou não. As complicações são infrequentes atingindo menos de 1% dos procedimentos.

Dr. Magno Stefani Cezar
Cirurgião Plástico – CRM MT – 7639 – RQE 293
– Pós-Graduação Master em Fisiologia Hormonal com o conceituado Dr. Italo Rachid.