AACCMT completa 18 anos de assistência a crianças e adolescentes com Câncer
Quando uma criança tem câncer ela não precisa deixar de sorrir, de sonhar e de acreditar. Há 18 anos crianças e adolescentes de Mato Grosso, em tratamento de câncer, têm o apoio da AACCMT, uma casa para abrigá-las junto com um dos pais o tempo necessário para a cura. Tudo começou em 1999 quando médicos especialistas em oncologia pediátrica da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá buscaram ajuda de alguns voluntários para a necessidade de criar uma casa para receber e cuidar das crianças e adolescentes carentes do interior do Estado. Foram mais de 48 mil atendimentos durante 18 anos.
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afeta os glóbulos brancos), os do sistema nervoso.
Assim como em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos.
Estima-se que ocorrerão cerca de 12.600 casos novos de câncer em crianças e adolescentes no Brasil, em 2017. As regiões Sudeste e Nordeste apresentarão os maiores números de casos novos, 6.050 e 2.750, respectivamente, seguidas pelas regiões Sul (1.320), Centro-Oeste (1.270) e Norte (1.210).
Dados da AACCMT indicam que ocorre uma média de 20 óbitos por ano. A Associação atende a 415 crianças, sendo que na casa ficam abrigados 20 deles, acompanhados de um dos pais, todos de cidades mato-grossenses. O restante é de Cuiabá e Várzea Grande, que embora não fiquem na casa, são atendidos com transporte, medicamentos, cesta básica e o que for necessário para a cura.
“A professora Nadia Turequi, parte da equipe de pedagogas da sala escolar hospitalar na AACCMT, conta que em quatro anos de trabalho com as crianças e adolescentes acabou se envolvendo com eles e seus familiares.” Se a casa não existisse, muitos jovens não teriam como manter o tratamento e não sobreviveriam. É uma “casa de dedicação e carinho por todos que passam aqui”, diz.
Claudemir Ferreira da Silva, presidente da AACCMT e também um dos fundadores da associação, afirma que a casa é ainda bastante limitada, mas que garante uma retaguarda às famílias durante o tratamento em Cuiabá. “Com os voluntários e apoiadores vamos atrás do que for necessário para o tratamento e o bem-estar das crianças e adolescentes. Eles também vivem um choque de realidade. Só para se ter uma ideia, a casa oferece cinco refeições por dia. Quando voltam para sua casa de origem às vezes não recebem nem três refeições ao dia”, comenta.
O presidente diz ainda que o tratamento de câncer infantil na região norte do Brasil não é tão eficiente como deveria, “porque pulam etapas por falta de medicamentos que deveriam ser fornecidos pelo Sistema Único de Saúde – SUS” finaliza.
Este ano, a AACCMT comemorou a cura da Yasmim Gualberto da Silva, de 11 anos, natural de Peixoto de Azevedo. Foram oito anos de tratamento para acabar com a leucemia Linfoide aguda. Sua mãe, Suellen, não cabia de tanta alegria ao receber oficialmente a alta médica da filha. “Agora tenho de convencê-la a voltar para casa porque ela adora a AACCMT. Sem a casa não sei se teria minha filha viva e saudável “, diz.
Todas as despesas da instituição, como água, luz, telefone, alimentação, produtos de higiene, capacitação de voluntários e funcionários são custeadas por meio de doações ( cerca de cinco mil doadores), projetos, eventos e campanhas. O sucesso na realização dessa causa se deve ao apoio de voluntários, de empresas socialmente responsáveis e da sociedade mato-grossense.
Saiba mais sobre como participar das ações e projetos desenvolvidos pela AACCMT, acessando o site (www.aaccmt.org.br) ou ligando (65) 3025 0800.
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Josana Salles
Luis Estiano