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Cirurgia da região glútea. Mitos e verdades

11 de dezembro de 2017

Cirurgia da região glútea. Mitos e verdades

 

Nesta edição eu resolvi trazer aos leitores um pouco sobre os tratamentos em cirurgia plástica da região glútea que são banhados de mitos mas não deixam de ser o desejo de muitas mulheres, inclusive estrangeiras.

 

Temos, três grandes opções de tratamentos para a região.

-Preenchimento com gordura (lipoenxertia);

-Prótese Glútea;

-Torsoplastia ou Flanco-gluteoplastia.

 

Na primeira, a mais comum delas, durante uma cirurgia de lipoaspiração de contorno corporal, preservamos a gordura aspirada, decantamos e separamos somente o conteúdo gorduroso, e injetamos nos glúteos para preencher, melhorando a forma, tratando celulites e depressões ósseas/ligamentares e, consequentemente, aumentando o volume. A quantidade utilizada é variável, dependendo da qualidade de pele, desejo da paciente etc. Mas, em média, utilizo 300- 500 ml em cada lado. Existe uma absorção média da quantidade utilizada de 20% a 30%, porém, a grande vantagem é que se trata de um procedimento pouco invasivo e pouco doloroso, rápido e utiliza um preenchimento próprio do paciente (gordura captada na lipoaspiração) sem riscos de rejeições.

A segunda técnica está recheada de mitos. É também um procedimento relativamente simples, que consiste na implantação de uma prótese de gel de silicone (semelhante das mamas) dentro da musculatura do glúteo (glúteo máximo), através de uma incisão entre as nádegas. Os benefícios são vários, aumento do volume, projeção, contorno etc. Exige um pós-operatório de 15 dias e os resultados são muito gratificantes e longe da ideia de ficar um resultado artificial, vulgar ou muito chamativo. Existem as próteses redondas e anatômicas para essa cirurgia. E o modelo e tamanho que mais se enquadram são definidos na consulta médica com o cirurgião plástico quando é verificada a relação cintura-quadril, a qualidade de pele, a projeção desejada, entre outros.

A última opção, a flanco-gluteoplastia ou torsoplastia inferior é comum também. Indicada para o grupo de pacientes de grandes perdas ponderais, seja na cirurgia bariátrica ou com dieta gerando atrofia gordurosa do glúteo, associado à flacidez de pele da região. É um procedimento em que se remove excesso cutâneo da região lombar e glútea superior, deixando uma cicatriz na topografia da roupa íntima. Porém, como esse perfil de paciente possui diversas indicações cirúrgicas, opto por realizar este procedimento somente após 4-6 meses após a cirurgia de abdominoplastia complementando, assim, o tratamento do tronco inferior do paciente.

Dr. Victor Albuquerque Teixeira da Silva – CRM-MT 8623 / RQE 3790 – Cirurgião Plástico